Recusa alimentar e
Seletividade Alimentar

Quando nossa criança não gosta de comer, come poucos alimentos dos grupos inteiros (proteínas, legumes, frutas, verduras, carboidratos), exibe comportamentos de choro, irritação e se recusa a comer os alimentos na refeição, se torna triste com novos alimentos, não gosta de experimentar alimentos novos, come alimentos diferentes da família e começa a ter problemas de socialização, corresponde um grande estresse para a família.

Além da preocupação com os aspectos nutricionais por não se alimentarem de forma correta, isso pode acarretar prejuízos de crescimento e de desenvolvimento das nossas crianças, essa questão também pode influenciar negativamente o vínculo entre mãe/criança e causar uma desorganização emocional na criança, caso a experiência no momento da refeição seja pouco prazerosa, marcada por pressão, brigas e estresse.

Muitos fatores podem contribuem para a ocorrência dos problemas de alimentação na infância, como doença do refluxo gastroesofágico, problemas cardíacos e pulmonares. Esses problemas podem estar associados a uma experiência negativa com a situação de alimentação, seja pelo desconforto causado durante a deglutição, pela alteração do processamento sensorial, ou seja, o cérebro interpreta de forma muito desagradável os sentidos sensoriais que os alimentos proporcionam, como o cheiro, o toque, a visão e o paladar.

Se seu filho (a) apresenta alguma dessas dificuldades, é fundamental que a intervenção ocorra o mais cedo possível. As principais estratégias terapêuticas fonoaudiológicas consistem em:

- Promover mudanças de comportamento da família e de qualquer pessoa que possa influenciar na alimentação da criança;
- Promover mudanças na dinâmica da alimentação da criança, e todos os ambientes frequentados, como por exemplo: casa, escola, etc.
- Promover a alimentação de forma lúdica, prazerosa, respeitando e compreendendo os limites de cada criança;
- Promover o relacionamento amoroso com a alimentação, de forma que a criança goste de brincar e interagir com os alimentos e explorá-los, como tocar, cheirar e posteriormente trazer esse alimento para perto de seu rosto e boca para sentir o gosto, gostar de experimentar e ampliar as habilidades para comer nas refeições;
- Ajustar para que essa consistência alimentar seja a mais confortável inicialmente, independentemente da idade da criança.


Resultados:

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Mudanças no comportamento da família durante as refeições com a criança, de forma a respeitar e a entender os sinais quando não quiserem mais e o mais importante, é que as crianças se sintam amadas nesse momento;
- Diminuição da angústia/estresse da família e da criança no momento das refeições;
- Melhora da relação de amor da criança com os alimentos e dessa forma, a criança é capaz de gostar de experimentar e ampliar as habilidades para comer os alimentos;
- A criança será capaz de se alimentar de forma independente (dependendo da idade);


Para que o sucesso da intervenção fonoaudiológica aconteça é estritamente necessário que todos os membros da família e/ou pessoas que atuam diretamente com a criança também estejam unidos e dispostos a promover as mudanças necessárias. Isso por que, a alimentação envolve muitos aspectos (culturais, afetivos, sócio-econômicos, etc.) que precisam de um olhar cuidadoso para garantir as nossas crianças a capacidade de vencer esse desafio.

Os pais são as chaves fundamentais para que o sucesso do tratamento da criança ocorra, por isso que o nosso objetivo principal é acolhê-los, para que possam se sentir mais confiantes e seguros. 

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